Como evitar o acúmulo de ácaros e fungos em camas e cobertores dos pets

Você sabe como evitar o acúmulo de ácaros e fungos em camas e cobertores?

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Camas e cobertores dos pets são sinônimos de conforto, mas também podem esconder um problema invisível: o acúmulo de ácaros e fungos.

Mesmo em ambientes limpos, esses microrganismos podem se multiplicar rapidamente, afetando a saúde do seu pet sem que você perceba.

Muitos tutores acreditam que lavar a caminha de tempos em tempos é o suficiente. Mas a verdade é que os hábitos de higiene precisam ser constantes e bem direcionados para garantir que o local onde o pet dorme não vire um foco de alergias, problemas respiratórios ou dermatites.

Por que a cama do pet acumula tantos microrganismos?

O corpo do pet libera suor, oleosidade, células mortas e resíduos de saliva. Tudo isso se deposita lentamente nos tecidos da cama e dos cobertores.

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Além disso, o ambiente quente e úmido que se forma durante o sono cria o cenário ideal para a proliferação de ácaros e fungos.

Ácaros se alimentam justamente dessas partículas microscópicas de pele. Já fungos gostam da umidade. Ou seja, a caminha do pet é como um “buffet aberto” para esses invasores invisíveis.

Esse acúmulo não afeta apenas o olfato ou a aparência dos tecidos. Ele pode provocar reações alérgicas no animal, coceiras constantes, espirros frequentes e até infecções de pele. Cães e gatos com o sistema imunológico mais sensível sofrem ainda mais.

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O risco invisível: o que dizem os números

Um estudo publicado no Journal of Veterinary Dermatology mostrou que mais de 60% das reações alérgicas em pets estão relacionadas ao ambiente doméstico, e não à alimentação ou contato com outros animais. Ou seja, aquele cantinho de descanso tão fofo pode estar impactando diretamente a saúde do seu melhor amigo.

Essa realidade preocupa ainda mais quando sabemos que muitos tutores negligenciam os cuidados com itens como colchões, mantas, almofadas ou cobertores usados diariamente pelos pets.

Como manter a cama e os cobertores do pet limpos e seguros

Evitar o acúmulo de ácaros e fungos em camas e cobertores não é difícil, mas exige constância. O primeiro passo é estabelecer uma rotina de limpeza, que vai além da lavagem ocasional.

Escolha tecidos adequados

Opte por tecidos laváveis e que não retêm umidade com facilidade. Capas removíveis são ideais porque permitem uma higienização mais frequente e prática. Tecidos como microfibra e algodão lavável são boas escolhas.

Evite materiais que absorvem muito suor ou que dificultam a secagem, como pelúcia ou lã grossa, especialmente em regiões mais úmidas.

Lave com frequência e da forma correta

A lavagem deve ser semanal — ou quinzenal, no máximo. Use sabão neutro e evite amaciantes com perfumes fortes, que podem irritar o olfato e a pele sensível dos pets. Água quente é uma aliada importante, pois ajuda a eliminar ácaros e esporos de fungos.

A secagem deve ser completa. Nunca guarde ou devolva ao uso uma peça ainda úmida. Isso criaria exatamente o ambiente que você quer evitar.

Desinfecção sem exageros

Alguns tutores recorrem ao uso de produtos desinfetantes potentes, mas isso pode ser um erro. O excesso de química pode intoxicar o pet ou provocar alergias. Prefira produtos veterinários específicos ou soluções naturais seguras, como vinagre diluído.

O importante é equilibrar eficácia com segurança. O ambiente precisa estar livre de agentes nocivos, mas sem comprometer o bem-estar do animal.

Como evitar que o ambiente volte a contaminar

Não adianta manter a cama do pet limpa se o restante do ambiente está negligenciado. Ácaros e fungos se espalham facilmente e adoram cortinas, tapetes e estofados. Ou seja, o entorno também precisa de atenção.

Além disso, evite colocar a cama do pet diretamente no chão frio ou úmido. Use suportes de madeira, tapetes higiênicos laváveis ou bases que favoreçam a circulação de ar. Isso ajuda a evitar o acúmulo de umidade e impede a entrada de microrganismos vindos do solo.

Outro cuidado é manter a pelagem do pet sempre limpa. Um animal sujo ou úmido leva os agentes contaminantes direto para a cama toda vez que deita. Ou seja, a higiene do animal está diretamente conectada à saúde do local onde ele dorme.

O cachorro alérgico que melhorou com uma troca simples

Marta, tutora do poodle Thor, percebeu que ele se coçava muito, mesmo após banhos regulares. Após levar ao veterinário, descobriu que o problema vinha da cama.

Era feita de pelúcia sintética e raramente era lavada. Bastou trocar por um modelo com capa removível e lavá-la toda semana para os sintomas desaparecerem em poucos dias.

A gata que parou de espirrar

Luna, uma gata persa, passou meses espirrando sem motivo aparente. A tutora achava que fosse uma gripe constante.

Depois de revisar os cuidados domésticos, percebeu que os cobertores da cama da gata não eram lavados há mais de dois meses. A mudança de rotina na limpeza eliminou os espirros rapidamente.

Uma analogia que explica bem o risco

Imagine dormir todas as noites no mesmo travesseiro, sem nunca trocá-lo, e sem lavar as fronhas. Agora adicione suor, pelos e respiração constante. Parece desconfortável, certo? Para o pet, a situação é parecida — mas ele não sabe pedir por mudanças.

Uma pergunta que faz refletir

Se você cuida tanto da alimentação e do bem-estar do seu pet, por que deixar de lado justamente o lugar onde ele descansa e se sente mais seguro?

Conclusão: o cuidado invisível que faz toda a diferença

Evitar o acúmulo de ácaros e fungos em camas e cobertores pode parecer um detalhe, mas tem um impacto direto na saúde física e emocional do seu pet.

Pequenas mudanças de hábito, feitas com atenção e regularidade, reduzem o risco de alergias, infecções e desconfortos silenciosos.

Seu pet merece um lugar limpo, seguro e confortável para descansar. Afinal, o sono é onde ele recarrega as energias para brincar, interagir e viver com alegria. E quando o ambiente em que ele dorme é saudável, a qualidade de vida melhora como um todo — para ele e para você.

Perguntas comuns – Acúmulo de ácaros e fungos em camas e cobertores

Com que frequência devo lavar a cama do meu pet?

O ideal é lavar uma vez por semana ou, no máximo, a cada 15 dias. Se o pet for alérgico ou tiver o pelo longo, lave com mais frequência.

Posso usar produtos de limpeza normais?

Evite alvejantes e amaciantes. Prefira sabão neutro ou produtos específicos para pets, sempre com enxágue completo.

Qual o melhor tecido para camas de pets?

Tecidos laváveis, respiráveis e de secagem rápida, como algodão ou microfibra com capa removível, são os mais recomendados.

O que mais posso fazer para manter a cama limpa?

Mantenha o ambiente ao redor limpo, escove o pet regularmente e evite que ele deite molhado ou sujo.

Um aspirador resolve?

Aspiradores ajudam, mas não substituem a lavagem. São bons aliados para a manutenção entre as lavagens completas.