Junho Violeta: veja como proteger seu pet contra doenças oculares

Os olhos dos animais de estimação também merecem atenção especial. E o Junho Violeta é uma campanha dedicada justamente a isso: alertar tutores sobre os riscos das doenças oculares em pets e incentivar a prevenção.

Muitas vezes, um simples lacrimejar ou uma mudança no comportamento do seu animal pode indicar um problema mais sério. Mas será que você saberia reconhecer os sinais?

Neste artigo, você vai entender por que o Junho Violeta é tão importante, quais doenças são mais comuns nos olhos de cães e gatos, como identificá-las ainda no início e, principalmente, o que fazer para manter a visão do seu pet sempre saudável.

A importância da campanha Junho Violeta

A campanha Junho Violeta surgiu com o objetivo de conscientizar sobre a saúde ocular dos animais, que muitas vezes é negligenciada.

Olhos vermelhos, secreções constantes ou até mesmo mudanças sutis no olhar podem passar despercebidos.

Quando não tratadas, doenças oculares podem causar dor, desconforto e até cegueira. E o mais preocupante é que muitos tutores só percebem que há algo errado quando o quadro já está avançado.

A prevenção, nesse caso, é a chave. Consultas regulares ao veterinário e uma atenção maior ao comportamento visual do seu pet podem evitar complicações sérias.

Além disso, conhecer as doenças mais comuns e os cuidados diários necessários pode fazer toda a diferença.

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Principais doenças oculares em pets

Embora existam muitas condições que possam afetar os olhos dos animais, algumas são mais recorrentes, especialmente em determinadas raças.

A predisposição genética, a idade e o ambiente onde o pet vive influenciam bastante no surgimento desses problemas. E é aqui que a campanha do Junho Violeta entra como uma aliada importante na prevenção.

Catarata

A catarata é uma das doenças oculares mais conhecidas, e não afeta apenas humanos. Em cães, ela pode surgir com o envelhecimento ou como consequência de outras doenças, como a diabetes.

A visão começa a ficar embaçada e o animal pode esbarrar em móveis ou ter dificuldades para localizar objetos no chão.

Conjuntivite

A conjuntivite é mais comum do que se imagina e pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou até mesmo por reações alérgicas.

É caracterizada por olhos vermelhos, secreção e coceira. O tratamento varia conforme a origem da inflamação, mas o diagnóstico precoce garante uma recuperação mais rápida.

Glaucoma

Silencioso e perigoso, o glaucoma aumenta a pressão intraocular e compromete o nervo óptico. Em casos graves, pode levar à cegueira.

Os sinais incluem olhos saltados, pupilas dilatadas e dor intensa. O acompanhamento com um veterinário especializado é essencial para evitar danos permanentes.

Como identificar um problema ocular no seu pet

Notar um problema ocular no seu pet exige observação atenta. Às vezes, os sinais são tão sutis que passam despercebidos até mesmo pelos tutores mais cuidadosos.

Alterações no comportamento, como esfregar os olhos com as patas ou contra objetos, já indicam que algo pode estar errado.

A presença de secreção, inchaço, vermelhidão ou uma aparência diferente nos olhos também deve servir como alerta.

É importante lembrar que animais com pelos longos no rosto ou raças com olhos muito expostos precisam de cuidados redobrados.

Um exemplo é o Shih-tzu, conhecido por desenvolver úlceras de córnea com facilidade, ou os gatos persas, que podem sofrer com lacrimejamento crônico.

Se o seu pet parece evitar a luz, apresenta olhos sempre lacrimejando ou tem alterações na coloração da córnea, o ideal é procurar atendimento veterinário. O diagnóstico precoce pode evitar danos irreversíveis.

Cuidados diários para manter a saúde ocular

Manter os olhos do seu pet saudáveis depende de hábitos simples, mas constantes. A limpeza da região ocular é uma das primeiras medidas que deve fazer parte da rotina.

Usar soro fisiológico e gaze estéril, sempre com cuidado e delicadeza, ajuda a remover sujeiras e prevenir infecções. Produtos de uso humano devem ser evitados, pois podem conter substâncias tóxicas para os animais.

Outro cuidado importante é aparar os pelos ao redor dos olhos. Em raças de focinho curto, os pelos podem causar irritação constante, levando a inflamações. Também é necessário observar o ambiente onde o pet vive: excesso de poeira, fumaça ou produtos de limpeza fortes podem irritar os olhos.

Vale ainda destacar que o uso de colírios só deve ser feito com prescrição veterinária. Automedicação é arriscada e pode piorar o quadro. Uma visita de rotina ao veterinário, principalmente em pets mais velhos, garante que qualquer alteração ocular seja detectada a tempo.

Raças com mais predisposição a problemas oculares

Nem todos os pets têm o mesmo risco de desenvolver doenças nos olhos. Algumas raças, por suas características anatômicas, estão mais propensas a complicações oculares e exigem um acompanhamento ainda mais próximo.

Raças braquicefálicas

Cães como Pug, Bulldog e Pequinês têm olhos mais expostos, o que os torna vulneráveis a lesões e infecções.

O mesmo vale para gatos Persas e Himalaias. O formato do rosto favorece o ressecamento ocular e o acúmulo de sujeira.

Raças com pelos longos

O excesso de pelos na face pode irritar os olhos constantemente, principalmente se não forem aparados com frequência.

Além disso, esses pelos facilitam o acúmulo de secreções, que podem causar conjuntivites e outras inflamações.

Em ambos os casos, o tutor precisa incluir a limpeza ocular na rotina de cuidados. Isso ajuda a evitar problemas e garante mais conforto ao animal.

O impacto da saúde ocular na qualidade de vida do pet

A visão tem um papel essencial na percepção de ambiente dos pets, principalmente dos gatos, que são animais extremamente visuais.

Problemas oculares não afetam apenas a capacidade de enxergar, mas também causam dor, irritação e afetam o comportamento. Um pet com dor nos olhos tende a ficar mais quieto, evita interações e até se recusa a comer.

A perda da visão, por sua vez, muda completamente a rotina do animal. Ele pode se tornar inseguro, ansioso ou agressivo.

Por isso, o cuidado com a saúde ocular vai além da prevenção de doenças. Trata-se de garantir conforto e bem-estar no dia a dia.

Uma pesquisa feita pela American Veterinary Medical Association mostrou que cerca de 18% dos cães e 12% dos gatos com mais de 7 anos apresentam sinais de doenças oculares crônicas. E esse número cresce com o aumento da idade.

Conclusão: Prevenir é sempre o melhor caminho

O Junho Violeta é um lembrete de que os olhos dos nossos pets merecem atenção constante. Pequenas atitudes, como limpar os olhos com frequência, evitar ambientes poluídos e realizar check-ups regulares com o veterinário, podem evitar grandes problemas no futuro.

A saúde ocular faz parte da qualidade de vida e, muitas vezes, é negligenciada por falta de informação.

Se você já percebeu qualquer alteração nos olhos do seu pet, por menor que pareça, não espere. Marque uma consulta e esclareça suas dúvidas. Prevenir é mais fácil, mais barato e muito menos doloroso — para você e para ele.

Dúvidas comuns sobre a saúde ocular dos pets

Quais os primeiros sinais de problema ocular em pets?
Os sinais mais comuns incluem olhos vermelhos, secreções, lacrimejamento excessivo, coceira, sensibilidade à luz e mudanças no comportamento, como esfregar os olhos com as patas ou evitar claridade.

Posso usar colírio humano no meu pet?
Não. Colírios humanos podem conter substâncias que irritam ainda mais os olhos dos animais. Sempre consulte um veterinário antes de usar qualquer medicamento ocular no seu pet.

Limpar os olhos todos os dias é necessário?
Depende do animal. Raças com olhos expostos ou pelos longos no rosto se beneficiam muito da limpeza diária com gaze e soro fisiológico.

Animais idosos precisam de mais atenção nos olhos?
Sim. Cães e gatos mais velhos têm mais chance de desenvolver catarata e glaucoma. O acompanhamento regular com o veterinário é essencial para detectar qualquer alteração o quanto antes.

A saúde ocular influencia no comportamento do pet?
Com certeza. A dor ou dificuldade de enxergar pode tornar o animal mais irritado, ansioso ou recluso. Quando o problema é resolvido, o comportamento geralmente melhora junto.