Ouriços-pigmeus emitem sons para “falar”? Veja como eles se comunicam com humanos

Você já se perguntou se ouriços-pigmeus emitem sons para falar com a gente? Apesar de silenciosos por natureza, esses pequenos mamíferos podem emitir chiados, estalidos e até rosnados para expressarem emoções e necessidades.

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Esses sons fazem parte da comunicação deles e são formas de interação que podem aproximar ainda mais você do seu pet.

Compreender a forma como os ouriços se comunicam ajuda a decifrar seus estados emocionais e a oferecer cuidados mais adequados. Eles são animais solitários, mas sensíveis, e cada som carrega uma mensagem — desde conforto até pedido de atenção.

Como e por que ouriços-pigmeus emitem sons

Estudos indicam que o atelerix albiventris, o ouriço-pigmeu-africano, possui audição ajustada para captar frequências entre 2 e 46 kHz — similar à percepção auditiva de outros mamíferos domésticos. Isso sugere que os sons que emitem são importantes para interação social e reconhecimento de riscos.

Esses animais emitem chiados suaves quando estão confortáveis, “esticam” a respiração ao explorar e podem produzir sons agudos parecidos com estalos e clicks quando excitados ou estressados, especialmente em situações de defesa .

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Em liberdade, esses sons coordenam movimentos entre machos e fêmeas, mas em cativeiro eles servem para interação com o tutor.

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Sons comuns e seus significados

Chiados curtos, quase como ronronar, geralmente surgem quando o pet está relaxado, explorando o ambiente ou sendo tocado com suavidade. Já os estalidos secos e repetitivos podem significar alerta — como se ele dissesse “estou aqui, observe.”

Em casos de medo ou desconforto, esses sons podem evoluir para rosnados e guinchos agudos. São sinais claros de que ele deseja ser deixado em paz.

Se o ouriço reproduz esses sons regularmente ao manuseá-lo, o ideal é dar um passo atrás e deixar que ele se acostume no tempo dele.

Relação sonora entre pet e tutor

Quando você fala suavemente com seu pet, ele pode responder com pequenos estalidos ou chiados. Esse som não é palavra, mas é uma resposta — um aceno em forma de som, claro e íntimo. Com o tempo, ele pode associar a sua voz com segurança, e até responder mais frequentemente.

Além disso, muitos tutores percebem que os ouriços reduzem o volume dos sons quando há contato físico prolongado. Isso pode indicar conforto, uma espécie de “conversa silenciosa” entre espécies.

Exemplo prático: interação em sessões de afeto

A tutora Júlia conta que seu ouriço, Pipoca, emitia um som curto – similar a um “tique” seco – quando ela encostava o dedo suavemente em suas costas.

Com o tempo, esse som se tornou uma espécie de cumprimento, e ela passou a usar essa interação para reforçar o vínculo.

Em outra situação, o ouriço Chirol, acostumado a ruídos altos, produzia estalidos contínuos após visitas à veterinária. Ao reduzir o estímulo auditivo no ambiente, o comportamento sumiu — mostrando que o som dizia: “isso me estressa”.

Estudos e fontes confiáveis

Um estudo do Journal of Comparative Physiology sobre audição em ouriços-pigmeus mostra que eles são capazes de localizar sons com precisão — uma habilidade ligada à forma como emitem sinais auditivos .

Além disso, publicações como a da OnTheEdge Conservation explicam exatamente os tipos de comunicação sonora dessa espécie: grunhidos, chiados, estalidos e guinchos usados em situações específicas — conforto, defesa, excitação.

Sons diferentes, personalidades diferentes

Nem todo ouriço vai emitir sons da mesma forma — e isso não é sinal de que algo está errado. Alguns são naturalmente mais expressivos, enquanto outros preferem o silêncio.

A personalidade conta muito. Um ouriço mais sociável pode chiar sempre que percebe movimento por perto, enquanto um mais tímido só se manifesta em situações específicas. O segredo está na observação contínua.

Reconhecer o padrão individual de comportamento sonoro do seu pet permite diferenciar um som normal de um possível sinal de estresse. Ao longo dos dias, é possível perceber o que é típico dele e o que é novo ou fora do comum. Essa sensibilidade é essencial para uma convivência saudável.

Quando os sons se tornam um sinal de alerta

Apesar de parecerem apenas curiosos, alguns sons emitidos com frequência ou de forma mais intensa podem indicar desconforto ou até dor.

Um guincho agudo e repetido ao ser tocado, por exemplo, não deve ser ignorado. Assim como o silêncio absoluto repentino em um animal que costumava se expressar muito também pode ser um sinal.

Mudanças bruscas na frequência ou intensidade dos sons precisam de atenção. É o comportamento sonoro saindo do que é típico para aquele pet. O ideal, nesses casos, é anotar quando começou, o que estava acontecendo no ambiente e se houve outros sintomas físicos.

O papel do ambiente na comunicação

O espaço em que o ouriço vive influencia muito na maneira como ele se comunica. Um ambiente calmo, com cheiros familiares e pouco barulho, favorece sons mais suaves e interações positivas.

Já espaços muito agitados, com ruídos constantes ou iluminação intensa, podem gerar sons de alerta ou estresse.

Um pet que chia sempre que a televisão está ligada ou que estala alto quando há muitas visitas em casa pode estar reagindo ao ambiente. Tornar o espaço mais tranquilo, com esconderijos e zonas de conforto, ajuda o animal a usar os sons para expressar bem-estar — e não defesa.

Conclusão

Os ouriços-pigmeus emitem sons para falar de veículos emocionais e necessidades. Esses ruídos são canais de expressão tão ricos quanto os de cães e gatos. Quando percebemos esses sinais — e respondemos com calma —, construímos uma relação mais verdadeira e segura.

Escutar seu pet vai além de escutar com os ouvidos: é prestar atenção aos sons, aos contextos, ao que ele tenta dizer através deles. E, então, falar de volta, com presença e cuidado.

Perguntas frequentes sobre comunicação sonora dos ouriços-pigmeus

1. Ouriços-pigmeus emitem sons durante o sono?
Sim. Chiados ou ronronados curtos durante o sono geralmente indicam conforto. Guinchados podem ser reflexo de sonhos ou desconforto.

2. Som alto é ruim para eles?
Sim. Sons altos e repentinos podem gerar estresse e rosnados. Mantenha ambientes silenciosos, especialmente durante o descanso.

3. Eles imitam sons humanos?
Não como papagaios, mas podem responder a estímulos sonoros familiares com estalidos curtos, sinalizando reconhecimento.

4. Como responder quando meu pet emite som?
Fale suavemente de volta, ofereça descanso ou carinho. Evite movimentos bruscos e sons altos em retorno.

5. Sons indicando dor ou doença?
Guinchos agudos e constantes, especialmente ao manuseá-los, podem indicar dor. Nesse caso, leve o pet ao veterinário especializado.